No entanto, implementar a lei não foi fácil, admite Chmielewska. "Por exemplo, aqui em São Paulo, a primeira compra de um fazendeiro familiar foi em 2012", diz ela, três anos após a aprovação da lei. Não há agricultores suficientes perto da cidade de São Paulo para atender as demandas das escolas da cidade, diz ela, e levou tempo e esforço para chegar aos agricultores que viviam mais longe.
Mínimo exigido dos agricultores
Muitas cidades ainda não compram o mínimo exigido dos agricultores familiares. A corrupção ea falta de vontade política podem dificultar o caminho. Grandes empresas de alimentos e grandes agricultores, às vezes chamados de "mafia de refeições" aqui, subornam o caminho para ganhar as licitações.
Alguns agricultores são muito pobres para participar do programa, diz Bernardo Mançano Fernandes, especialista em reforma agrária e desenvolvimento rural da Universidade Estadual de São Paulo. Hoje, para produzir você precisa de tecnologia. Essas pessoas não têm capital, [e] não têm dinheiro. As famílias que estão ligeiramente melhores conseguiram aproveitar o programa, diz ele.
De volta à Promissão, Lopes voltou para sua casa de três quartos depois de uma hora lavando, cortando e empacotando pedaços de mandioca na sua pequena fábrica de embalagens a vácuo ao lado. Ela está ansiosa para me mostrar sua casa, que ela recentemente acabou expandindo. O alpendre é novo, ela me diz, o chão ainda está molhado com cimento fresco. No interior, as paredes parecem recém-pintadas.
O dinheiro extra que ela vem fazendo vendendo para as escolas locais entrou em melhorias domésticas, diz Lopes. "Eu adicionei um novo quarto para meu filho, um banheiro em anexo para o meu quarto, e eu terminei a cozinha", diz ela. O gerenciamento das cooperativas e o fornecimento de escolas públicas também ensinaram suas novas habilidades.
Produtores ensinam a trabalhar
"Ensinou-me a trabalhar com os produtores e tem uma maneira de falar com eles", diz ela. Ela também teve que aprender a lidar com documentos e lidar com a burocracia. "Ele me inseriu no poder público", ela acrescenta, parecendo orgulhosa. "Eu sou um membro do conselho municipal rural por causa da minha cooperativa. Aprendi a dialogar com as pessoas no poder".
Naquela tarde, eu a visitava no trabalho na casa da irmã na estrada da casa dela. Toda a família está ocupada, preparando-se para uma entrega às escolas. Eles alinham grandes caixas verdes na varanda e rotulam cada um com o nome de uma escola e a ordem.
Lopes, em calções e um top de algodão, é claramente responsável. Segurando documentos que têm os detalhes das ordens desta semana, ela lembra aos membros da família o que precisam fornecer e quem irá trazer o que.
Quando as caixas são preenchidas, um caminhão alugado irá entregá-las às escolas. A cooperativa em breve receberá seu próprio caminhão de entrega com uma subvenção do governo que Lopes solicitou, o que significa maiores lucros. É preciso muita organização e planejamento financeiro, diz Lopes. Mas ela adora cada pouco disso.
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